Perturbação tranquilizante, serena inquietude,
Um paradoxo sublime, em tom de virtude.
Um turbilhão de emoções, suave tormento,
Uma dança no peito, sussurro do vento.
É a calma perturbadora, tão singular,
Um abraço do caos, que me faz mergulhar.
No redemoinho dos sentidos, encontro a paz,
Numa dicotomia que me desfaz.
É o despertar do coração, num vai e vem,
Uma brisa suave que acalma e mantém.
A perturbação, um bálsamo na alma,
Uma serenidade inquieta, calma e calma.
No embalo dos pensamentos, a inquietude abraça,
Um oceano de emoções que a mente trespassa.
Um enigma delicado, que me seduz,
Numa melodia de silêncio, em que me traduz.
Perturbação tranquilizante, um paradoxo aceso,
Nas sombras da alma, um abrigo indefeso.
Encontro conforto no desassossego,
Numa dança interior que não entrego.
E assim, neste turbilhão tranquilo,
Desvendo a paz no caos, um sigilo.
Perturbação tranquilizante, na sua essência,
Uma sinfonia delicada, em perfeita dissonância.