Na dança do ensinar e aprender, um mistério se revela,
Pois quem ensina não conhece a jornada que a alma trilha.
A vontade de quem ensina, um fio que se estende,
Mas o sentimento de quem aprende, uma incógnita que se estende.
O mestre, com sua sabedoria e experiência a compartilhar,
Tenta moldar mentes sedentas, prontas para absorver e se inspirar.
Mas a teia dos sentimentos, tão complexa e imprevisível,
Desafia o conhecimento, tornando-o frágil e ininteligível.
A vontade de quem ensina, repleta de intenções e desejos,
Mas será que compreende a complexidade de quem aprende a seu ensejo?
Pode o mestre decifrar os anseios ocultos, os sonhos e medos,
Ou estará apenas projetando suas próprias verdades e segredos?
E o aprendiz, ávido por conhecimento, mas também vulnerável,
Recebe as palavras, os conceitos, mas guarda o seu mundo inalterável.
Sua experiência única, seu caminho singular,
Questiona o saber imposto, procurando seu próprio lugar.
Entre o ensinar e o aprender, um abismo se revela,
A vontade do mestre e o sentimento do aprendiz entrelaçam-se numa tela.
E assim, nos deixam na dúvida, sem certezas a abraçar,
Refletindo sobre a verdade, na fronteira do conhecer e duvidar.
Que o mestre reconheça a grandiosidade do mistério,
Que o aprendiz encontre sua voz, seu próprio critério.
E que nesse encontro incerto, entre vontade e sentimento,
A verdade se desdobre em cada olhar, em cada momento.