Nas entranhas do jogo político, uma crítica se faz ouvir,
Enquanto expressões numéricas representam valor,
Pessoas são desalojadas, sem direito a sorrir,
Num sistema que privilegia o lucro e o poder.
Casas são desfeitas em números e cifras,
Onde o valor monetário sobrepõe-se à dignidade,
Enquanto famílias são despejadas, em angústia e ira,
A política se enaltece, numa triste realidade.
Os cálculos econômicos dão o tom das decisões,
Enquanto corações partem-se, vidas são destruídas,
O valor humano reduzido a meras equações,
Enquanto a voz do povo é silenciada, em lutas sofridas.
Os desalojados clamam por justiça e abrigo,
Enquanto os políticos contabilizam seus interesses,
Expressões numéricas ecoam como um castigo,
Enquanto a humanidade é subjugada por tantos revezes.
O valor de uma casa não se resume a números frios,
Há histórias, memórias e sonhos entrelaçados,
Não podemos permitir que sejam tratados como vazios,
Pois são essas expressões que verdadeiramente importam.
Na crítica política, ergamos nossa voz,
Contra a desumanidade, a ganância e a exclusão,
Valorizemos a vida, o respeito e a dignidade, pois,
Não podemos permitir que a política seja apenas ilusão.
Que as expressões numéricas sejam redefinidas,
Para incluir o valor humano e o bem-estar,
Que as políticas sejam construídas com bases sólidas,
Para garantir a todos um lar, um lugar para amar.
Que o clamor dos desalojados seja ouvido,
E que a política encontre seu verdadeiro propósito,
Na justiça, na igualdade e no bem-comum renascido,
Para que nenhuma expressão numérica apague nosso calor.