1ª Parte

Nas entrelinhas da sociedade, um debate se faz ouvir,
Okupações, legalidade, uma questão a discernir.
Entre o "ok" do consentimento e o "não" da invasão,
Reflete-se sobre espaços e suas ocupações.

Okupar, um ato de resistência e contestação,
Reivindicar direitos, buscar transformação.
Mas onde traçar a linha, o limite a respeitar,
Entre okupações legais e as elegais a confrontar?

Uns dizem que é usurpação, um ato de transgressão,
Outros enxergam nas okupações uma revolução.
Questiona-se a propriedade, o direito de posse,
Em um mundo onde a desigualdade se desdobra e nos fere.

Espaços vazios, abandonados, sem vida,
Okupados por sonhos, por uma causa renhida.
Porém, há quem veja na lei o caminho a seguir,
Garantir a ordem, o respeito ao que é preciso cumprir.

Mas e quando a lei se torna opressora e injusta,
Quando exclui, marginaliza e nos conduz à frustra?
Nas okupações, ecoa a voz dos excluídos,
Que buscam abrigo, dignidade e serem ouvidos.

O debate persiste, entre legalidade e ideal,
Entre os que afirmam que okupar é transgressão banal,
E os que enxergam na ocupação um ato de resistir,
Um grito contra a injustiça que não pode se omitir.

Okupações legais e elegais, um dilema a enfrentar,
Em busca de soluções que possam nos libertar.
Que o diálogo prevaleça, a empatia nos guie,
Para construir um mundo mais justo, onde todos possam prosperar.