Uma justiça em roupas de outrora,
Pouco revolucionária, ainda em demora.
Presos em labirintos burocráticos,
Caminhamos por trilhas incoerentes e estáticos.
A balança, símbolo de igualdade e equilíbrio,
Pende às vezes para o lado do desafio.
Os que buscam justiça, com esperança e fervor,
Encontram barreiras, obstáculos, sem valor.
Julgamentos lentos, processos arrastados,
Atrasos, morosidade, tempos mal calculados.
A voz do povo clama por uma mudança,
Por uma justiça que não seja apenas uma herança.
É preciso abrir caminhos, desbravar horizontes,
Inovar, adaptar-se, romper com os montes.
Uma justiça ágil, acessível, transparente,
Que promova a igualdade, seja coerente.
Que o direito seja para todos, sem distinção,
Que a lei seja justa, sem discriminação.
Uma justiça que resgate a confiança perdida,
Que caminhe lado a lado com a sociedade querida.
Que sejamos protagonistas de uma revolução,
Na busca de uma justiça com verdadeira ação.
Porque somente quando a justiça for plena,
Alcançaremos uma sociedade mais serena.
Que as palavras sejam ouvidas, os direitos defendidos,
E que a justiça seja o farol em nossos destinos.
Uma justiça que nos una e nos fortaleça,
Para construir um mundo de paz e justiça realeza.