Num rincão onde as palavras se entrelaçam,
Desenho um poema de matizes intensas,
Onde a linguagem flui e as ideias trespassam,
Revelando verdades, duras ou suspensas.

"Cobardes", um termo que ecoa na mente,
Reflete a fraqueza, o medo que consome,
Mas lembra, também, que o valor está presente,
E em cada coração, um herói se entumece e some.

"Inúteis", palavras que doem no fundo,
Desprezo injusto, tão cruel e descabido,
Pois cada alma possui seu valor fecundo,
Um propósito, um brilho, não subestimado ou esquecido.

"Touradas", tema de polêmicas incandescentes,
Encontro de culturas, tradições controversas,
Onde a arte se cruza com os sentimentos quentes,
Mas que nos lembra a importância das causas diversas.

"Motoqueiros", espíritos livres e audazes,
Rugindo pelas estradas, desafiando o vento,
Entre a velocidade e as memórias que fazem laços,
Uma busca por liberdade, no asfalto e no pensamento.

"Cultural", termo que abraça a diversidade,
O mosaico de costumes e heranças entrelaçadas,
Nos palcos, nas artes, em cada identidade,
A riqueza que emerge das tradições valorizadas.

"Eutanásia", um debate complexo e delicado,
O direito à dignidade no último suspiro,
Compreender a dor, o desejo, o cuidado,
Numa decisão humana, de respeito e suspiro.

Assim, nesse poema que se estende e se funde,
Palavras ganham vida, refletem o nosso ser,
A complexidade humana, que em versos se esconde,
Caminhando em busca de sabedoria a colher.