Num mundo de crenças e devoções,
As religiões entrelaçam suas ações.
Laços amorosos, dizem eles,
Mas nem tudo é o que parece, meus fiéis.
Unem-se em busca de poder e riqueza,
Esquecendo da essência, da nobreza.
As instituições religiosas, sem pudor,
Expandem seus negócios, com fervor.
Vendem símbolos sagrados, sem parar,
Transformando fé em mero mercado popular.
Entre sermões e rezas, negócios florescem,
Enquanto os valores humanitários desvanecem.
Templos suntuosos, dourados e luxuosos,
Enquanto os necessitados seguem desamparados.
Orações pela prosperidade, dinheiro a fluir,
Mas e a solidariedade, onde ela há de ir?
É um circo de ilusões, uma triste comédia,
Onde o riso se mistura à melancolia.
Laços amorosos entre religiões?
Parecem mais negócios, sem contradições.
Mas, enfim, o humor reside no absurdo,
Na caricatura desse mundo confuso e surdo.
Que as risadas ecoem, sem cessar,
Pois é preciso rir para não chorar.