Mais uma crítica aos abusos sexuais que são produzidos pelos que juraram
não ter relações sexuais com ninguém em nome de Deus.
Em meio às preces, promessas e dogmas entoados,
Um véu de sombras encobre segredos ocultados.
Nos santuários, onde a fé deveria florescer,
Um mal se esconde, difícil de compreender.
Abusos velados, mãos que se desviam da virtude,
Entre os fiéis, o medo e a dor se acumulam em atitude.
Os votos sagrados se transformam em engano,
E a confiança dos crentes é lançada ao profano.
Nas sombras dos altares, pecados se revelam,
Vozes silenciadas, histórias que se desvelam.
Homens que deveriam ser faróis de esperança,
Corrompem a fé, deixando marcas de triste lembrança.
A religião, fonte de consolo e união,
Torna-se palco de atrocidades em sua expansão.
É preciso denunciar, é preciso confrontar,
Os abusos que mancham a essência de amar.
Que a luz da verdade ilumine os caminhos,
Que o poder dos opressores seja enfraquecido.
Que a fé verdadeira se erga com retidão,
E extermine os males que assolam a religião.
Pois a verdadeira devoção não reside na dor,
E a salvação não é obtida com medo e horror.
Que a justiça se faça presente em cada oração,
E a religião seja um refúgio seguro de redenção.