No reino das palavras, a reflexão se inicia,
Um ditado popular, uma crença infundada,
"Dá nozes a quem não tem dentes", proclamam,
Mas será que essa verdade é tão fundamentada?
Deus, o suposto criador de todas as coisas,
Um sádico, dizem alguns, que nos tortura,
Oferece-nos dons inalcançáveis, provocando dor,
Uma ironia cruel, uma sina dura.
Pois como pode um ser receber sem poder usufruir?
Nozes nas mãos, mas dentes ausentes,
Uma oferta ilusória, um tormento a sorrir,
Deus, o sádico, nos faz sentir impotentes.
Se somos apenas a expressão de nós mesmos,
Por que nos dar o que não podemos aproveitar?
Será esse o capricho divino, um jogo perverso,
Onde a falta de dentes nos faz chorar?
Mas na verdade, a sabedoria se revela,
No proverbial jogo do destino e da sorte,
Pois é na busca, na superação e na perseverança,
Que encontramos o verdadeiro suporte.
A vida é um desafio, um constante aprender,
Os dentes podem faltar, mas há outras formas de nutrir,
Não somos marionetes nas mãos de um sádico divino,
Somos seres livres, em busca de nosso próprio existir.
Então, rejeitamos essa imagem distorcida,
De um Deus sádico, cruel e desumano,
Encontramos significado em nossas limitações,
E construímos nosso destino, passo a passo, mano a mano