Na Casa da Misericórdia, onde a bondade se perdeu,
O fator econômico ganhou total prioridade.
A caridade se tornou apenas uma fachada vazia,
Enquanto a ganância governa com impiedade.
Os olhares carentes, cheios de esperança,
São ignorados pelos que contam as moedas.
A verdadeira misericórdia perdeu seu lugar,
Substituída por interesses e ganâncias hediondas.
A Casa que deveria abrigar o amor e a compaixão,
Agora é dominada pela busca insaciável de poder.
As almas aflitas, em desespero, são desprezadas,
Enquanto a riqueza se acumula sem qualquer dever.
O pão que deveria ser compartilhado com os famintos,
Agora é vendido a preços inacessíveis aos pobres.
A Casa da Misericórdia se tornou uma prisão,
Onde a desigualdade floresce e a dignidade morre.
A ganância se disfarça de filantropia,
Enquanto os necessitados são deixados à margem.
A Casa que deveria ser um refúgio de esperança,
Se tornou um palco de uma triste farsa sombria.
Oh, Casa da Misericórdia, onde está a tua alma?
Onde estão os corações que uma vez foram bondosos?
A ganância corrompeu tua essência mais nobre,
E deixou em seu lugar a crueldade dos avarentos.
Que esse poema sirva como um alerta,
Para que a verdadeira misericórdia possa renascer.
Que a humanidade se levante contra a ganância desmedida,
E restaure a justiça e o amor em cada amanhecer.