Armas Justas

No tempo dos antigos, armas justas surgiam,
Com destreza e honra, o combate se fazia.
Espadas afiadas, lanças erguidas ao céu,
Um desafio de bravura, coragem e réu.

Mas hoje, o cenário é bem diferente,
O exercício militar em outra vertente.
Não mais a nobreza dos duelos a cavalo,
Mas a tecnologia, em seu domínio desmedido.

Armas justas, agora tão distorcidas,
Transformadas em máquinas de destruição.
Rajadas de fogo, projéteis sem piedade,
Um jogo de guerra, onde se perde a humanidade.

Batalhas travadas a quilômetros de distância,
Soldados sem rosto, controlando com arrogância.
Os horrores da guerra, agora virtualizados,
Desumanizados, os atos são minimizados.

Mas onde está a justiça nesse panorama?
Quando a violência é justificada em nome da causa.
Não há mais espaço para a honra e o valor,
A guerra se tornou uma mera dor sem sabor.

Armas justas, outrora símbolos de bravura,
Hoje são instrumentos de poder e tortura.
O exercício militar, um espetáculo frio,
Onde a vida humana perde seu brilho.

É hora de questionar esse rumo cruel,
De repensar o propósito da guerra e seu papel.
Resgatar a humanidade, a ética e o respeito,
E buscar por soluções que tragam paz e afeto.

Pois as armas justas, verdadeiras e nobres,
Não são aquelas que trazem destruição sobre os ombros.
São aquelas que lutam por um mundo mais justo,
Onde a paz prevaleça, e o amor seja o combustível.

Que deixemos para trás a ilusão da força bruta,
E abracemos o diálogo, a compreensão absoluta.
Pois somente assim, no entendimento mútuo,
Encontraremos um caminho verdadeiramente justo.