A Loucura do Dragão e o Estilo do Macacão

No palco do tempo, um Dragão poderoso,
Com suas memórias entranhadas no peito,
Por quarenta séculos, guardando em repouso,
Um evento que ecoa, jamais desfeito.

Sua fúria incontrolável, ardente chama,
O passado gravado em suas escamas,
O Dragão não esquece, eterno em sua alma,
A memória que traz consigo, sem trégua, sem calma.

Do outro lado do palco, o Macacão saltitante,
Despreocupado com o peso do passado,
Vive o presente, livre e vibrante,
Sem se importar com o tempo findado.

O Macacão dança, brinca e se diverte,
No agora, no presente que o encanta,
Sem se prender ao que já se foi, à inerte,
Sua liberdade é uma arte que encanta.

Enquanto o Dragão rememora cada momento,
O Macacão vive intensamente a leveza,
Um encontro improvável, um contraste violento,
Do passado que persiste e da alegria que não cessa.

O Dragão e o Macacão, duas faces distintas,
Na loucura e no estilo que cada um traz consigo,
Um carrega o peso das eras, das histórias extintas,
O outro se entrega à vida, sem tempo, sem abrigo.

Que aprendamos com eles essa lição,
De honrar o passado, mas viver no presente,
De encontrar equilíbrio entre a tradição,
E a espontaneidade que a vida nos oferece.

Que o Dragão possa libertar-se da ânsia do passado,
E o Macacão possa aprender com a sabedoria,
Que juntos, em harmonia, possam encontrar o fado,
E celebrar a vida com alegria e harmonia.